terça-feira, 26 de maio de 2015

LITERATURA

Aniversário do Sindjorce terá lançamento de livro do jornalista Alberto Perdigão

O livro Comunicação Pública e Inclusão Política – reflexões sobre cidadania ativa e democracia participativa, do jornalista Alberto Perdigão, será lançado nesta sexta-feira (29), às 19 horas, no Espaço Cultural Sindibar, como parte das comemorações dos 62 anos do Sindjorce. O livro traz 38 artigos jornalísticos e duas entrevistas sobre comunicação pública, televisão pública e ciberdemocracia, publicados nos últimos quatro anos.
No lançamento, o entrevistador Perdigão passará a entrevistado, num talk show sobre comunicação pública. A entrevista será conduzida pelo diretor do Sindjorce e representante do Fórum Nacional pela democratização da Comunicação, Rafael Mesquita. O público também participará do debate O autor autografará o livro no local. A comemoração termina com um coquetel. Todos os ex-presidentes foram convidados.

Em Comunicação Pública e Inclusão Política (RDS, 170 páginas) Perdigão analisa os novos comportamentos dos governos e dos cidadãos diante das possibilidades de diálogo político proporcionadas pelas tecnologias da informação e comunicação. O livro traz prefácio de Cosette Castro, da Universidade Católica de Brasília, e apresentação de Gilmar de Carvalho, da Universidade Federal do Ceará.
“Este é um livro sobre comunicação? Não, é sobre política, seja pelo seu conteúdo, seja pela atitude de fazê-lo”, explica o autor que se diz “um militante” da comunicação pública. “Ele (livro) surge no contexto das novas tecnologias e da comunicação pós-massiva, que ensejam a comunicação desintermediada, a autoria, a colaboração, a interconectividade, novas intersubjetividades e novas relações de poder”, explica.
Repautando temas da comunicação
Segundo Alberto Perdigão, Comunicação Pública e Inclusão Política recoloca em pauta para governos e para a sociedade temas como a comunicação pública, “que supera a comunicação institucional”; a TV pública, “que avança em relação à televisão estatal”; e a ciberdemocracia “como novas relações de poder pós-massivas”.
A leitura da obra é “imprescindível” para profissionais e estudantes de Comunicação e de Gestão Pública “interessados no acesso à informação, na liberdade de expressão e no diálogo público como ferramentas para o fortalecimento do Estado e para a legitimação dos governos”, afirma.
Trechos
“A LAI está para os governos como a iluminação está para a praça pública. Sem lâmpadas que acendem, o cidadão não entra, não vê o que ocorre lá dentro, onde embusteiros podem estar usufruindo indevidamente do espaço de uso comum, quem sabe até vendendo as luminárias e os postes.” (do artigo A LAI e a Lâmpada Maravilhosa).
“Melhor seria, talvez, propor às emissoras integrantes da rede, como condição à manutenção do convênio, que passem a cumprir uma agenda de desgovernamentalização, de troca da chapa branca pela chapa colorida e plural do interesse público.” (do artigo A TV Pública é uma Só).
“Os políticos que não acompanharem a nova ordem comunicacional, a da verdadeira comunicação, a do diálogo, logo poderão estar empalhados em museus, ao lado do Estado solitário e da cidadania muda.” (do artigo Voto na Ciberdemocracia).

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